Essa época conturbada tem que trazer algo de bom e eu creio que podemos – e devemos – tirar proveito desse isolamento a partir de reflexões. Sempre é bom pensar, eu sempre pensei demais. Quando a gente para e começa a observar o mundo lá fora e o mundo de dentro, muitas coisas clareiam e passam a fazer sentido, ou mesmo deixam de fazer sentido.

 

É dentro de nós que se encontram, basicamente, quase todas as respostas de que precisamos. Carregamos um mundo de sensações, de impressões, de experiências e suas marcas. Somos o que vivemos e sobrevivemos, somos o que temos dentro do peito. Não podemos focar tão somente lá fora, porque temos sempre muito a digerir e a sentir com nossa própria companhia.

 

Quando tentamos nos distanciar um pouco do redemoinho cotidiano, para colocar nossos sentimentos em ordem, ouvindo nossos sonhos guardados, nossos desejos acumulados e nossos machucados, a gente acaba descobrindo que muito peso é inútil. É uma delícia parar de se culpar e de se remoer pelo que não depende só de você, e isso a gente consegue no confronto nosso com nós mesmos.

 

 

Nós precisamos levantar nosso ânimo, aumentar nossa autoestima e nossa imunidade. Não tem como conseguir isso se entristecendo continuamente, decepcionando-se com as pessoas e colhendo o amargo de escolhas equivocadas. Eu penso que o amanhã será melhor, se a gente prestar mais atenção no que nos faz feliz hoje. Porque a felicidade vai continuar conosco enquanto caminharmos até o futuro que nos aguarda.

 

Todo mundo quer ser feliz, mas não dá para ser feliz ao lado das pessoas erradas. E, quando eu percebi a importância de prestar atenção em como eu me sinto perto das pessoas, eu entendi que me afastar de certos indivíduos é necessário. Muito do que nos entristece por dentro vem lá de fora, de gente que não vale a nossa companhia. Hoje eu só quero paz. Eu vou é me distanciar de certas pessoas para sempre.

 

Imagem: Jametlene Reskp